Com informações do Jornal A Gazeta
Um tema único para todas as escolas nos desfiles dos Grupos de Acesso e Especial no Carnaval de Vitória de 2009. Já imaginou? A proposta é da Liga Espírito-santense das Escolas de Samba (Lieses), que pretende propor como enredo fixo o Espírito Santo. Mas a idéia ainda não foi apresentada ao Estado.
“Queremos aproximar o governo do carnaval e tentar ajudar, ainda mais, as 13 agremiações que estão na disputa. Passou da hora de o Estado entrar no evento e nos ajudar. Nas próximas semanas devemos apresentar a idéia à Secretaria de Cultura e ao governador Paulo Hartung”, contou o presidente da Lieses, Ewaldo Nunes.
O tema único, segundo o presidente, seria dividido em 13 subtemas e cada escola ficaria com um. “Separamos o Estado em 13 microrregiões, um grupo de municípios. E, assim, cada escola busca dentro dessa micro-região construir seu enredo e o desfile”, explica.
E você, é favor de um tema único para o desfile das escolas de samba capixaba? Já tivemos experiência parecida nos carnavais do Rio (500 anos do Brasil) e São Paulo (450 anos da capital). Para 2008, a Prefeitura do Rio de Janeiro ofereceu cerca de 2 milhões para as agremiações que utilizassem como tema os 200 anos da Família Real Portuguesa ao Brasil mas, apenas quatro escolas aceitaram.
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4 comentários
Olá amigos,
Fixar um tema único para enredo é limitar a criatividade das escolas e, consequentemente, uma forma de colocá-las à serviço de uma instituição que deveria promover o carnaval, no caso, a Liga que as congrega.
O carnaval, antes de tudo, é uma manifestação cultural-popular e, como tal, deve ter a autonomia para escolher o enredo que melhor congrega a sua comunidade.
Nesse carnaval, assistimos o enterro dos carnavais patrocinados em que a visão do patrocinador se sobrepõe à vontade da escola, colocando na avenida, em vez de foliões, divulgadores de marketing, seja político, seja de uma marca comercial.
A grande pergunta que deveria ser feita é: Quem decide por quem homenagear? Quanto vale a homenagem? Decerto, devemos olhar com muito cuidado a mercantilização do carnaval, antes de tudo é uma cultura que precisa ser preservada.
Posted on 7 de fevereiro de 2008 às 12:43
Este comentário foi removido pelo autor.
Posted on 4 de janeiro de 2009 às 20:34
Este comentário foi removido pelo autor.
Posted on 4 de janeiro de 2009 às 20:35
Limitar a criatividade é fazer a função de quem deve fazer a devida apresentação da diversidade do que pode ser oferecido ao turismo, pelo Estado. Não é querendo forçar o artista a fazer o que outros querem, e sim aproveitando o que se tem de melhor.
O turista foge é por causa do tipo de serviço que é oferecido: caro e muitas vezes de péssima qualidade!
O carnaval tem atraído muitos turistas, porem muitos correm do nosso carnaval devido a falta do que é ofertado pela maioria das escolas, que sendo pobres e de comunidades também, pouco podem oferecer.
É hora das diversas áreas que se beneficiam do turismo contribuir para o engrandecimento de mais este segmento de cultura e arte, que alavanca parte do turismo de verão.
Posted on 16 de fevereiro de 2009 às 14:50